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Mestre Paulo Kapela

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O Canto Livre de Angola

ÁGUA FRESCA... PARA IDEIAS COM SEDE...

O Canto Livre de Angola, uma relíquia


Xê minino, posso morrer
Já vi Angola independente!

Tive a felicidade de poder assistir, em São Paulo, ao espectáculo da embaixada de músicos angolanos que se deslocou ao Brasil em 1983, e cuja apresentação no Rio de Janeiro deu origem ao disco O Canto Livre de Angola, que em boa hora o Toke nos permite ouvir.
                                                                                                 Por Ana B.

Blog do Birrada: Galeria - Kapela

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Blog do Birrada: Paulo Kapela

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Paulo Kapela - o profeta de África

Tinha lido um texto sobre Paulo Kapela na Revue Noire - o No 29, dedicado a Angola. Pelo texto de N'Goné Fall, fiquei com a impressão de que Kapela era um grande artista, descoberto tardiamente. De fato, ele é um grande artista, mas não só... ele é um profeta, se auto-denomina assim, inclusive.

Fui lhe fazer uma visita, em setembro de 2003, quando recém-chegada a Luanda. Encontrei um homem forte, grande, e com semblante de criança. Quase não fala português, e entabulamos a conversa em algo que se assemelhava ao francês.

Disse-lhe que queria ver o que ele produzia - ele me mostrou, antes de tudo, uma vassoura e um balde... disse-me que era faxineiro da União dos Artistas Angolanos (UNAP), e que queria posar para minhas fotos em tal qualidade. Fiz as fotos...

Depois, conduziu-me pelos escombros do prédio da UNAP, um casarão na baixa de Luanda, com pé direito altíssimo e em tal estado de degradação que a mim não parecia ser possível que ele conseguisse limpar aquilo nem se tivesse 50 anos mais.

Separados os cômodos por panos armados em cortinas, iam aparecendo as profecias de Kapela. Em tudo aquilo se assemelhava a um local de culto - com altares, figuras de mortos, e de mortos-vivos também, como os heróis, esses zumbis que nos perseguem.

Não sei quantas horas estive na companhia do profeta Paulo - com o mesmo nome do Papa na altura -, mas para mim pareceu uma longa viagem. Ao fim, ele me ofereceu para comprar uns cartões com algumas pinturas suas, bastante "comerciáveis", em nada parecido com o que me havia mostrado até então. Comprei-os...

posted by Kelly Cristina at 3:13 PM

 

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